Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió: Entenda o caso da condenação na Lava Jato e o papel do STF

Na madrugada desta sexta-feira (25/04/2025), o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió, Alagoas. A informação foi confirmada por sua defesa, que afirmou que ele estava a caminho de Brasília para cumprir espontaneamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O fato reacende discussões sobre a operação Lava Jato e a condenação de Collor por corrupção e lavagem de dinheiro.
Contexto da prisão:
1.
A prisão ocorreu às 4h da manhã, quando Collor se preparava para viajar a Brasília.
2.
Ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Maceió.
3.
A decisão judicial foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou um recurso da defesa do ex-presidente.
Motivos da condenação:
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Em maio de 2023, Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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O caso está ligado a um esquema na BR Distribuidora (atual Vibra), investigado na Lava Jato.
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A denúncia partiu da delação premiada de Ricardo Pessoa, ex-presidente da UTC, que revelou pagamentos ilegais para facilitar contratos.
Penas aplicadas além da prisão:
- Pagamento de 90 dias-multa.
- Indenização de
R$ 20 milhões
à União, em conjunto com outros réus. - Proibição de exercer cargos públicos pelo dobro do tempo da pena (cerca de 17 anos).
Repercussão e próximos passos:
1.
O plenário do STF deve decidir ainda hoje se mantém a ordem de prisão "imediata".
2.
A defesa de Collor alega que ele estava disposto a se entregar voluntariamente.
3.
O caso reabre debates sobre a eficácia da Lava Jato e a punição de figuras políticas importantes.
A prisão de Fernando Collor marca mais um capítulo na história da Lava Jato e no combate à corrupção no Brasil. O fato de um ex-presidente ser detido reforça a ideia de que ninguém está acima da lei, mas também gera discussões sobre justiça e imparcialidade. O desfecho do caso no STF será crucial para definir os rumos jurídicos e políticos dessa condenação.