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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025 às 10:57 GMT+0

Agências 'casamenteiras': A busca por amor e soluções para a baixa natalidade na Coreia do Sul

A Coreia do Sul enfrenta um desafio crescente: baixíssimas taxas de natalidade e casamento. Para combater essa situação, agências casamenteiras e até o governo estão promovendo encontros e iniciativas para ajudar os jovens a formar famílias. Este resumo aborda as estratégias adotadas e os dilemas enfrentados pela sociedade sul-coreana.

A ascensão das agências casamenteiras

Por que surgiram?

  • Durante a pandemia de COVID-19, as oportunidades para encontros casuais diminuíram, levando muitos a buscarem alternativas organizadas.

Como funcionam?

  • Os casamenteiros coletam informações detalhadas dos clientes, como idade, ocupação, situação financeira e histórico familiar.
  • Classificam os participantes com base em critérios como profissão e status financeiro, gerando críticas pelo suposto materialismo do sistema.

Crescimento e popularidade

  • Hoje, cerca de mil agências operam no país.
  • A visão de que esses serviços são apenas para pessoas “desesperadas” mudou; agora são vistos como uma solução prática para encontrar compatibilidade.

Exemplo de sucesso

  • Min Jung e Tae Hyung se conheceram por meio de uma dessas agências. Apesar de um início sem grandes expectativas, hoje estão casados e iniciando uma nova fase como empresários.

Iniciativas governamentais: O estado como cupido

Por que o governo intervém?

  • A taxa de fecundidade na Coreia do Sul é de apenas 0,72 filhos por mulher, a mais baixa do mundo.
  • O número de casamentos caiu 40% em uma década.
  • Especialistas alertam que uma taxa de 2,1 é necessária para manter a população estável.

Encontros organizados pelo governo

  • Eventos como o promovido na cidade de Seongnam atraem jovens solteiros entre 27 e 39 anos.
  • Ambientes descontraídos, com música, comida e jogos, estimulam interações.
  • Resultados promissores: 43% dos participantes encontram um parceiro, e alguns chegam ao altar.

Desafios e críticas

Custos elevados

  • Taxas para participar de agências variam de R$ 8,5 mil a R$ 42 mil.
  • Muitos não conseguem arcar com os valores ou encontram parceiros compatíveis.

Pressões sociais e culturais

  • A sociedade sul-coreana ainda valoriza o casamento e a formação de famílias, mas mulheres enfrentam dificuldades para equilibrar carreira e maternidade.
  • Altos custos de vida e falta de apoio para mães que retornam ao trabalho complicam a situação.

Eficácia questionada

  • Críticos apontam que focar apenas em encontros e incentivos financeiros não resolve problemas estruturais como longas jornadas de trabalho e desigualdade de gênero.

Oportunidades e reflexões

Mudanças positivas

  • Agências e eventos estão criando novas possibilidades para os jovens conhecerem parceiros.
  • Casos como o de Min Jung e Tae Hyung mostram que essas iniciativas podem transformar vidas.

O que ainda falta?

  • Soluções abrangentes, como políticas que garantam licença-maternidade justa e redução dos custos de criação de filhos, são essenciais.
  • Combater estigmas sobre casamento e maternidade como "obrigações sociais" é crucial para mudar a percepção geral.

A Coreia do Sul está em um momento crítico, buscando equilibrar tradição e modernidade para enfrentar seus desafios demográficos. As agências casamenteiras e as iniciativas governamentais oferecem esperanças para muitos jovens, mas as soluções sustentáveis dependem de reformas sociais e econômicas profundas. Enquanto histórias de sucesso inspiram, ainda há um longo caminho para garantir um futuro mais equilibrado e inclusivo para todos.

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