DNA vs. Raça: Por que a ciência diz que raça não existe? "Raça é uma invenção social, não biológica"

A discussão sobre raça e sua base biológica é um tema que desafia conceitos históricos e científicos. Com o avanço da genética, especialmente após o Projeto Genoma Humano, ficou claro que as categorias raciais não têm fundamentação genética sólida. Apesar disso, a ideia de raça como um conceito biológico persiste, influenciando políticas públicas, saúde e até decisões governamentais. Este resumo explora como a ciência desmantelou a noção de raça como fato biológico e por que ela ainda é relevante como construção social.
A genética desafia a noção biológica de raça
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O Projeto Genoma Humano (2000) revelou que a variação genética dentro de grupos raciais é maior do que entre eles. Isso significa que não há marcadores genéticos exclusivos que definam raças.
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Estudos mostram que agrupamentos genéticos seguem ancestralidade e migração, não categorias raciais tradicionais (como "negro" ou "branco"). Por exemplo, dois africanos de regiões diferentes podem ter diferenças genéticas maiores do que entre um africano e um europeu.
As origens pseudocientíficas das classificações raciais
1.
No século XVIII, o botânico Carl Linnaeus propôs uma classificação racial baseada em características físicas e comportamentais absurdas (como "europeus são inventivos" e "africanos são preguiçosos").
2.
No século XIX, teorias como a craniometria tentaram justificar hierarquias raciais, mas foram desacreditadas pela genética moderna.
3.
Charles Darwin já apontava, em A Origem do Homem (1871), que as diferenças entre grupos humanos são graduais, não discretas.
Raça tem impacto social e saúde — Mas não por causa da biologia
Embora raça não seja biologicamente significativa, ela tem consequências reais:
- Saúde: Minorias raciais sofrem mais com doenças como covid-19 devido a fatores socioeconômicos (ex.: moradias superlotadas, acesso limitado à saúde), não por genética.
- Políticas públicas: Nos EUA, a ordem executiva de Donald Trump em 2025 rejeitou a ideia de raça como construção social, ignorando o consenso científico.
Por que ainda usamos o conceito de raça?
- Construções sociais (como dinheiro ou tempo) moldam a realidade. Raça é útil para discutir desigualdades históricas, como escravidão e segregação.
- Exemplo: Afro-americanos têm DNA diverso (misto entre africano e europeu), mas são categorizados como "negros" por razões históricas e culturais.
"A ignorância não é inocente — é cúmplice. Enquanto alguns se recusam a aprender, a ciência já provou: só existe uma raça, a humana. Etnias são diversidade, não divisão. O racismo não é herança genética; é herança da estupidez que se recusa a evoluir. Chega de fingir que o preconceito é 'opinião'. É pura falta de caráter disfarçada de falta de informação."
A ciência é clara: Raça não é um fato biológico, mas uma construção social com raízes em pseudociências do passado. No entanto, seu impacto é real — influencia saúde, políticas e identidade. Ignorar essa dualidade (como fez o governo Trump) pode perpetuar desigualdades. A genética, em vez de dividir, mostra que a humanidade é geneticamente interligada, reforçando a necessidade de combater o racismo com base em evidências, não em mitos.