Quem será o novo Papa? Principais candidatos, favoritos e o futuro da Igreja Católica em 2025

A morte do Papa Francisco em abril de 2025 marcou o fim de um papado transformador, caracterizado por reformas, diálogo social e uma abordagem pastoral voltada para os marginalizados. Agora, a Igreja Católica enfrenta um momento decisivo: a eleição de um novo líder espiritual para 1,3 bilhão de fiéis. Este resumo explora os principais candidatos, o processo do conclave e os desafios que moldarão essa escolha histórica.
O processo do conclave: Como um novo papa é escolhido?
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O que é o conclave? Reunião secreta dos cardeais na Capela Sistina, onde votam até alcançar maioria de dois terços. O processo combina tradição, oração e estratégia política.
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Quem participa? Apenas cardeais com menos de 80 anos (cerca de 120 eleitores). Eles representam a diversidade global da Igreja, com forte presença da Europa, Américas, África e Ásia.
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Fatores decisivos: Além da espiritualidade, os cardeais avaliam questões como continuidade das reformas de Francisco, desafios geopolíticos (como a guerra na Ucrânia) e a crise de abusos sexuais.
Os principais candidatos (papabili
)
Os favoritos refletem a tensão entre reforma e tradição:
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Pietro Parolin (Itália, 70 anos): Secretário de Estado do Vaticano, é um diplomata experiente e centrista.
Prós:
equilíbrio entre progressistas e conservadores.Contras:
falta de carisma pastoral. -
Pierbattista Pizzaballa (Itália, 60 anos): Patriarca de Jerusalém, destaca-se pelo diálogo inter-religioso.
Prós:
fluência em hebraico e juventude.Contras:
possível resistência a um papado longo. -
Luis Antonio Tagle (Filipinas, 67 anos): Popular no Sul Global, defende justiça social.
Prós:
alinhamento com Francisco.Contras:
postura política franca pode gerar atritos. -
Peter Turkson (Gana, 76 anos): Líder em justiça ambiental, mas conservador em costumes.
Prós:
experiência no Vaticano.Contras:
idade avançada. -
Mykola Bychok (Ucrânia-Austrália, 51 anos): Surpresa simbólica.
Prós:
sinal de apoio à Ucrânia.Contras:
falta de trajetória no Vaticano. -
Péter Erdő (Hungria, 71 anos): Favorito dos conservadores, com expertise em direito canônico.
Prós:
resgate da tradição.Contras:
rejeição a reformas progressistas.
Menções honrosas:
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Fridolin Ambongo (Congo) e Jaime Spengler (Brasil): Representam a África e a América Latina, regiões em crescimento na Igreja.
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Raymond Burke (EUA): Crítico ferrenho de Francisco, mas com poucas chances devido ao perfil polarizador.
Contexto histórico e desafios
- Mudança demográfica: 70% dos católicos vivem no Sul Global, pressionando por um papa não europeu.
- Legado de Francisco: Os cardeais decidirão entre continuar sua agenda (inclusão, ecologia) ou retomar um viés mais doutrinário.
- Fatores surpresa: Como em 2013, um "candidato improvável" pode emergir durante as votações.
Um futuro em aberto
A eleição do próximo papa será um termômetro do rumo da Igreja Católica no século XXI. Seja um reformista como Tagle, um diplomata como Parolin ou um tradicionalista como Erdő, o escolhido herdará desafios complexos: secularização, crises éticas e a necessidade de reconectar-se com as novas gerações. O conclave, envolto em mistério e simbolismo, não apenas definirá um líder religioso, mas também o papel da Igreja em um mundo em transformação.