Implante de silicone: Quais os riscos reais? Entenda "contratura, pippling" e como prevenir

A cirurgia de implante de silicone nas mamas é um procedimento seguro e comum, mas, como qualquer intervenção cirúrgica, pode apresentar complicações. Duas das mais conhecidas são a contratura capsular e o rippling, que, embora não sejam frequentes, exigem atenção e cuidados preventivos. Este resumo detalha essas complicações, seus fatores de risco, formas de tratamento e prevenção, com base em informações de especialistas e fontes confiáveis.
O que são contratura capsular e rippling?
1.
Contratura capsular: Ocorre quando o corpo forma uma cápsula de tecido cicatricial ao redor do implante, que se torna mais espessa e rígida do que o normal, podendo causar dor e deformidade. Essa reação pode acontecer meses ou anos após a cirurgia e afeta principalmente as mamas, mas também outras áreas como glúteos e panturrilhas.
2.
Rippling: São ondulações visíveis ou palpáveis na pele, causadas pela falta de cobertura adequada sobre o implante. É mais comum em pacientes magras com pouco tecido mamário ou quando a prótese é colocada sobre o músculo.
Fatores de risco
Para contratura capsular:
- Infecções assintomáticas que desencadeiam inflamação.
- Acúmulo de líquido ou sangue ao redor da prótese.
- Tipo de implante (superfície lisa) e posicionamento (acima do músculo).
- Tendência genética a formar cicatrizes endurecidas.
Para rippling:
- Pouco tecido mamário ou gordura subcutânea.
- Implantes colocados na frente do músculo (plano subglandular).
Como corrigir essas complicações?
Contratura capsular:
- Casos leves podem ser tratados com medicamentos e massagens.
- Casos graves exigem cirurgia para troca ou remoção do implante e da cápsula fibrosa.
Rippling:
- Troca por um implante mais adequado ao biótipo do paciente.
- Reposicionamento da prótese sob o músculo (plano submuscular).
- Enxerto de gordura para aumentar a cobertura sobre o implante.
Prevenção: Como reduzir os riscos
O cirurgião plástico Josué Montedonio, membro de sociedades médicas renomadas, recomenda:
1.
Escolher tamanho e tipo de prótese adequados ao corpo (gel coesivo é menos propenso a rugas).
2.
Optar pelo plano submuscular para maior proteção do implante.
3.
Evitar hematomas e infecções no pós-operatório.
4.
Seguir orientações pós-cirúrgicas rigorosas, incluindo uso de compressões e acompanhamento médico.
Embora as complicações como contratura capsular e rippling não sejam comuns, é essencial conhecer seus riscos e formas de prevenção. A escolha de um cirurgião plástico qualificado, o planejamento personalizado da cirurgia e os cuidados pós-operatórios são fundamentais para minimizar problemas. Se ocorrerem, há opções de tratamento eficazes, desde terapias conservadoras até intervenções cirúrgicas. A informação e o diálogo com profissionais especializados são as melhores ferramentas para garantir resultados seguros e satisfatórios.