Deputada pede que presidente da Conmebol seja declarado 'persona non grata' após declaração racista com frase 'Tarzan sem Chita': Entenda o caso

No dia 18 de março de 2025, a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou uma representação para declarar Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), como "persona non grata". O pedido foi motivado por uma declaração considerada racista feita por Domínguez, que gerou ampla polêmica e críticas nas redes sociais e no meio esportivo. O caso levantou debates importantes sobre discriminação, estereótipos e a responsabilidade de figuras públicas em promover a inclusão e o respeito.
O contexto da polêmica
A controvérsia começou quando Alejandro Domínguez, durante uma entrevista, comparou a Copa Libertadores sem a participação de clubes brasileiros a "Tarzan sem Chita". A frase foi interpretada como uma perpetuação de estereótipos racistas, uma vez que a personagem Chita, o macaco que acompanha Tarzan em filmes clássicos, é frequentemente associada a representações caricaturais e ofensivas de pessoas negras. A declaração gerou indignação, especialmente em um momento em que o combate ao racismo e a promoção da diversidade são temas centrais no esporte e na sociedade.
A reação da deputada Erika Hilton
Erika Hilton, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos e das minorias, decidiu agir diante da fala de Domínguez. Ela protocolou uma representação formal para que o presidente da Conmebol fosse declarado "persona non grata", uma expressão latina que significa "pessoa não bem-vinda". O objetivo da deputada é enviar uma mensagem clara de que discursos discriminatórios, mesmo que disfarçados de humor ou frases populares, não são aceitáveis, especialmente vindo de autoridades esportivas que têm influência global.
A defesa de Alejandro Domínguez
Após a repercussão negativa, Domínguez se pronunciou publicamente, pedindo desculpas pela declaração. Ele afirmou que usou uma "frase popular" sem a intenção de desqualificar ou ofender qualquer grupo. Além disso, reiterou seu compromisso com a promoção de um futebol livre de discriminação e destacou as iniciativas da Conmebol para combater o racismo e outras formas de preconceito no esporte. No entanto, as desculpas não foram suficientes para acalmar os ânimos, e o pedido da deputada Hilton ganhou apoio de diversos setores da sociedade.
A importância do caso
1.
Combate ao racismo: O caso reforça a necessidade de combater o racismo estrutural e os estereótipos que ainda persistem na sociedade, inclusive no esporte.
2.
Responsabilidade de líderes: Figuras públicas, especialmente aquelas em posições de poder, devem ser exemplos de conduta e promover a inclusão.
3.
Impacto no futebol: O futebol é um esporte global e diverso, e declarações como a de Domínguez podem manchar a imagem de instituições e afetar a credibilidade de torneios importantes, como a Copa Libertadores.
4.
Representatividade política: A atitude da deputada Erika Hilton destaca o papel fundamental de representantes políticos na luta por justiça social e igualdade.
O pedido da deputada Erika Hilton para declarar Alejandro Domínguez "persona non grata" é um reflexo de um movimento maior que busca combater o racismo e promover a diversidade no esporte e na sociedade. A polêmica envolvendo o presidente da Conmebol serve como um alerta para que líderes e autoridades sejam mais conscientes e responsáveis em suas declarações públicas. Além disso, o caso reforça a importância de iniciativas que promovam a inclusão e o respeito, garantindo que o futebol continue sendo um espaço de união e celebração da diversidade. A repercussão do caso deve inspirar mudanças positivas e um maior compromisso com a igualdade no mundo esportivo e além.