EUA x China: Trump ameaça tarifas de 50% e Pequim promete lutar 'até o fim' – Entenda o impacto global nos mercados e economia

Em abril de 2025, a tensão comercial entre Estados Unidos e China atingiu um novo patamar após o presidente americano, Donald Trump, ameaçar impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses. A China respondeu com um discurso firme, prometendo resistir e acusando os EUA de "chantagem". Este conflito tem repercussões globais, afetando mercados financeiros, commodities e relações diplomáticas.
O conflito comercial em destaque
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Ameaça de Trump: Em 7 de abril, Trump declarou que imporia tarifas de 50% sobre a China caso o país não retirasse suas retaliações de 34% sobre produtos americanos. O prazo foi estabelecido para 8 de abril.
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Resposta chinesa: O Ministério do Comércio da China classificou a medida como "inaceitável" e prometeu "lutar até o fim", mas também defendeu o diálogo para resolver disputas.
O impasse reflete a guerra comercial prolongada entre as duas maiores economias do mundo, com impactos diretos no comércio global e na estabilidade econômica.
Impacto nos mercados financeiros
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Quedas generalizadas: As bolsas asiáticas e europeias despencaram após o anúncio de Trump. Hong Kong registrou sua pior queda em 28 anos (-13,22%), enquanto Japão (-6,5%) e Coreia do Sul (-5,2%) também sofreram perdas significativas.
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Efeito nos EUA: O Dow Jones e o S&P 500 fecharam em queda, enquanto o Nasdaq teve leve alta. No Brasil, o Ibovespa caiu 1,38%, e o dólar subiu para R$ 5,91.
A volatilidade demonstra a sensibilidade dos mercados a conflitos geopolíticos e a preocupação com uma possível recessão global.
Consequências para empresas e commodities
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Tarifas cumulativas: Empresas americanas que importam da China poderão enfrentar taxas de até 104%, elevando custos e pressionando preços.
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Queda nas commodities: Petróleo (-10% na semana) e cobre (-6%) caíram devido ao temor de desaceleração econômica.
Destaque: Setores como automotivo (Toyota, Honda) e bancário foram os mais afetados, mesmo em países aliados dos EUA, como Japão e Coreia do Sul.
Reações políticas e econômicas
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Posição chinesa: Pequim insiste na negociação, mas sem demonstrar flexibilidade, diferentemente de aliados como União Europeia e Canadá, que chegaram a acordos com Trump em disputas anteriores.
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Discurso de Trump: O presidente americano criticou opositores internos, chamando-os de
"panicanos"
(termo pejorativo para quem teme suas políticas), e afirmou que não recuará. -
Contexto histórico: Desde 2018, Trump usa tarifas como ferramenta política, mas a escalada atual é considerada a mais agressiva.
Riscos para a economia global
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Possível recessão: Economistas avaliam que há 50% de chance de os EUA entrarem em recessão, com efeitos cascata para outros países.
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Incertezas: A falta de diálogo entre EUA e China aumenta o risco de uma guerra comercial prolongada, com impactos em cadeias produtivas e inflação mundial.
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Análise especializada: Erik Hirsch, da Hamilton Lane, compara a estratégia de Trump a
"comer um elefante de uma só vez"
, destacando a dificuldade dos mercados em assimilar mudanças bruscas.
O confronto entre EUA e China representa mais do que uma disputa bilateral: é um teste para a estabilidade econômica global. Enquanto Trump mantém sua postura agressiva, a China resiste, e os mercados reagem com nervosismo. O desfecho dependerá da capacidade de negociação de ambos os lados, mas, no curto prazo, o cenário é de incerteza e ajustes dolorosos para investidores, empresas e consumidores.