Conteúdo verificado
quarta-feira, 9 de abril de 2025 às 09:45

EUA aplicam tarifas que chegaram a 104% sobre a China: Como Pequim pode revidar?

Em 9 de abril de 2025, entra em vigor uma nova rodada de tarifas impostas pelos Estados Unidos contra produtos chineses, elevando a taxa para 104%. A medida, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, foi uma resposta à recusa da China em recuar em suas tarifas retaliatórias. Pequim reagiu com duras críticas e prometeu defender seus interesses, acendendo um novo capítulo na tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Contexto e escalada das tarifas

1. Origem das tarifas: Trump já havia imposto tarifas de 20% sobre produtos chineses desde seu retorno à presidência, como parte de sua política de "reciprocidade" comercial.

2. Aumento progressivo: Inicialmente, as tarifas deveriam subir para 34%, mas Trump adicionou mais 50% após a China manter suas tarifas retaliatórias de 34% sobre produtos americanos. O prazo para Pequim recuar era até 8 de abril, mas como não houve concessão, as tarifas totais chegaram a 104%.

Posição da China

  • Discurso de resistência: Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, classificou as tarifas como "arbitrárias" e acusou os EUA de pressionar a China de forma "implacável". Ele afirmou que o país não aceitaria "comportamento dominador" e defenderia sua soberania e interesses.

  • Ameaça de retaliação: A China prometeu "medidas resolutas e eficazes" para contra-atacar, embora não tenha detalhado ações imediatas. A mídia estatal e formadores de opinião chineses reforçaram um tom desafiador, sugerindo uma possível guerra comercial prolongada.

Impactos e reações

  • Efeitos globais: A medida pode afetar a economia mundial, já que EUA e China são os principais motores do comércio internacional. O dólar já vinha sofrendo volatilidade devido às tensões anteriores.

  • Preocupação interna nos EUA: Pesquisas indicam que 73% dos americanos esperam aumento de preços devido às tarifas, enquanto Trump defende a política afirmando que os EUA arrecadam US$ 2 bilhões diários com as taxas.

A escalada tarifária entre EUA e China marca um agravamento nas relações comerciais bilaterais, com riscos significativos para a economia global. Enquanto os EUA insistem em uma postura dura, a China demonstra disposição para resistir, aumentando a incerteza sobre o desfecho desse conflito. O cenário exige atenção, pois medidas adicionais de ambos os lados podem intensificar os efeitos negativos, desde inflação até desaceleração econômica. Fontes como a CNN e a Reuters destacam a complexidade do embate, que vai além de números e envolve disputas geopolíticas estratégicas.

Estão lendo agora

Fim da escala 6×1: Como a PEC pode transformar o mercado de trabalho e impactar saláriosA Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala de trabalho 6×1 – seis dias trabalhados e um de f...
Estratégias de taxação global em pauta no G20 para enfrentar Big Techs e MultinacionaisO Brasil, atualmente na presidência do G20, delineou estratégias ambiciosas para uma tributação global mais progressiva....
"Escandiculpa": Como a riqueza gera sentimento de culpa na NoruegaRecentemente, a professora Elisabeth Oxfeldt, especialista em Literatura Escandinava da Universidade de Oslo, destacou u...
Fórum Econômico Mundial 2025: "Colaboração para a era inteligente" - O futuro em discussãoO Fórum Econômico Mundial (WEF) começa em Davos no dia 20 de janeiro, trazendo um tema intrigante: "Colaboração para a E...
Fim da isenção de US$ 50 para compras internacionais: O que isso significa e como afeta você?A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou um projeto que elimina a isenção do imposto de importação para compras internac...
Febraban alerta cuidados cruciais antes de imprimir boletos e como evitar golpesA Federação Brasileira de Bancos (Febraban) emitiu um alerta sobre o aumento do uso de vírus de computador por golpistas...
Escolhas de especialistas: As pincipais ações desta semana segundo Bancos e CorretorasNesta semana, especialistas de bancos, corretoras e casas de análise convergiram em suas recomendações, destacando oport...
Excesso de produtos chineses: Tensões comerciais e impactos globaisA crescente produção excessiva de produtos chineses está gerando tensões comerciais significativas com os Estados Unidos...
Ford passa fábrica de Camaçari ao governo da Bahia, abrindo caminho para a BYDA Ford anunciou um acordo com o governo do estado da Bahia para a reversão da propriedade de sua fábrica em Camaçari. Es...
Etarismo: A realidade que a economia tem que enfrentarO Censo Demográfico de 2022 revelou um aumento significativo na proporção de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil, atin...
Impactos da reeleição de Donald Trump nas relações EUA-Brasil - 'Brasil não é prioridade para EUA'A recente reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos levantou questionamentos sobre a posição dos EUA no...