Abismo econômico: IGP-M despenca em julho, rompendo recorde com deflação de 7,72% em 12 meses, alerta FGV
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), também conhecido como a "inflação do aluguel", registrou uma queda de 0,72% em julho, após uma redução de 1,93% no mês anterior. A taxa de variação acumulada em 12 meses alcançou uma deflação recorde de 7,72%, a maior desde o início do Plano Real em 1995.
Essa queda no IGP-M foi influenciada principalmente pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do índice geral e mede os preços no atacado. O IPA registrou uma deflação de 1,05% em julho, mostrando uma desaceleração em relação ao mês anterior.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no índice geral, teve uma leve alta de 0,11% em julho, após uma queda em junho.
A maior contribuição para o resultado veio do grupo de Transportes, que teve um aumento de 0,70% em julho, revertendo uma queda no mês anterior. Esse aumento foi impulsionado pelo preço da gasolina, que avançou 3,65% em julho.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma alta de 0,06% em julho, desacelerando em relação ao mês anterior.
A inflação no Brasil está mostrando sinais de desaceleração, aumentando a expectativa de que o Banco Central começará a reduzir a taxa de juros Selic, atualmente em 13,75%.
O IGP-M é um indicador essencial para reajustar o valor dos contratos de aluguel de imóveis. Com a queda contínua nos últimos quatro meses, todos os contratos de aluguel completados ou a completar um ciclo de 12 meses não sofrerão reajuste, mantendo o valor do aluguel inalterado por pelo menos mais um ano.
Embora a lei de aluguéis não exija o uso obrigatório do IGP-M para reajustes, ele é amplamente utilizado nos contratos, mas outras opções podem ser escolhidas de comum acordo entre proprietários e inquilinos.